A exposição inaugurada dia 19 de
outubro, patente ao público até 30 de novembro no Arco 8, reuniu trabalhos
inéditos de Rui Soares e de André Laranjinha.
O fotojornalista Rui Soares foi
convidado pela Galeria Arco 8 para fazer uma exposição neste espaço. O
fotógrafo, Rui Soares, tem como tema para a sua exposição “A Matança”, porque
vinha a ser algo que lhe fascinava já há muito tempo. Enquanto criança,
assistia a algumas matanças e eram motivo de festa sendo realizadas nas ruas
principais da sua freguesia e tinha toda a sua família reunida e amigos. Mas
como hoje em dia vem a ser algo que é feito de uma forma mais escondida, o
fotógrafo quis mostrar que existem tradições nos Açores, que se calhar podem ou
não ser repensadas, dependendo da opinião dos diversos grupos de apoio.
O responsável pela organização do
evento foi a Galeria Arco 8, e como conseguinte as pessoas envolvidas e
importantes dentro desta criação foram Rui Soares (fotojornalista), André
Laranjinha (artista plástico), Galeria Arco 8 e o impressor das fotografias de Rui Soares. E não
esquecendo, a família que fez a matança e disponibilizou-se em ser fotografada.
A ideia de haver na exposição a
combinação de fotografia com vídeo surgiu, porque Rui Soares e André Laranjinha
tinham os dois interesse pelo mesmo tema, mas com duas visões diferentes do
mesmo assunto favorecendo, assim, o público que poderá ver duas expressões
artísticas. Então, Rui Soares convidou André Laranjinha para apresentar a
realização do vídeo que tinha feito de uma matança, sendo uma encomenda do
Museu Carlos Machado.
O objectivo do projecto tem o
intuito de mostrar, a quem quiser ver, o que Rui Soares e André Laranjinha
fazem. Rui Soares diz que, relativamente ao tema da exposição, já ouviu mais
críticas do que elogios. O fotógrafo diz que não quer chocar o público com as
fotografias, simplesmente, quer apenas mostrar algo que é proibido, mas que
ainda se faz e cada vez mais. Rui considera estar na moda a situação de as
pessoas irem para a matança com o intuito de convívio, mas há uma expectativa,
por parte do fotógrafo, de como será a reacção das pessoas depois de verem as
fotografias.
As pessoas podem encontrar nesta
exposição o sofrimento do animal, mas também, uma tentativa
fotojornalística de reportar algo
existente em São Miguel. A mensagem que é pretendida transmitir por Rui Soares
com a sua exposição é que se pode condenar, mas existem razões muito válidas
para que quem faz este tipo de trabalho continue a fazê-lo.
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