domingo, 20 de outubro de 2013

Inauguração da exposição fotográfica de Rui Soares



A exposição inaugurada dia 19 de outubro, patente ao público até 30 de novembro no Arco 8, reuniu trabalhos inéditos de Rui Soares e de André Laranjinha.

O fotojornalista Rui Soares foi convidado pela Galeria Arco 8 para fazer uma exposição neste espaço. O fotógrafo, Rui Soares, tem como tema para a sua exposição “A Matança”, porque vinha a ser algo que lhe fascinava já há muito tempo. Enquanto criança, assistia a algumas matanças e eram motivo de festa sendo realizadas nas ruas principais da sua freguesia e tinha toda a sua família reunida e amigos. Mas como hoje em dia vem a ser algo que é feito de uma forma mais escondida, o fotógrafo quis mostrar que existem tradições nos Açores, que se calhar podem ou não ser repensadas, dependendo da opinião dos diversos grupos de apoio.

O responsável pela organização do evento foi a Galeria Arco 8, e como conseguinte as pessoas envolvidas e importantes dentro desta criação foram Rui Soares (fotojornalista), André Laranjinha (artista plástico), Galeria Arco 8 e o impressor  das fotografias de Rui Soares. E não esquecendo, a família que fez a matança e disponibilizou-se em ser fotografada.
           
A ideia de haver na exposição a combinação de fotografia com vídeo surgiu, porque Rui Soares e André Laranjinha tinham os dois interesse pelo mesmo tema, mas com duas visões diferentes do mesmo assunto favorecendo, assim, o público que poderá ver duas expressões artísticas. Então, Rui Soares convidou André Laranjinha para apresentar a realização do vídeo que tinha feito de uma matança, sendo uma encomenda do Museu Carlos Machado.

O objectivo do projecto tem o intuito de mostrar, a quem quiser ver, o que Rui Soares e André Laranjinha fazem. Rui Soares diz que, relativamente ao tema da exposição, já ouviu mais críticas do que elogios. O fotógrafo diz que não quer chocar o público com as fotografias, simplesmente, quer apenas mostrar algo que é proibido, mas que ainda se faz e cada vez mais. Rui considera estar na moda a situação de as pessoas irem para a matança com o intuito de convívio, mas há uma expectativa, por parte do fotógrafo, de como será a reacção das pessoas depois de verem as fotografias.

As pessoas podem encontrar nesta exposição o sofrimento do animal, mas também, uma tentativa fotojornalística  de reportar algo existente em São Miguel. A mensagem que é pretendida transmitir por Rui Soares com a sua exposição é que se pode condenar, mas existem razões muito válidas para que quem faz este tipo de trabalho continue a fazê-lo.

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